domingo, 31 de outubro de 2010

Be better.

Someday, we'll forget the hurt, the reason we cried and who caused us pain. We will finally realize that the secret of being free is not revenge, but letting things unfold in their own way and own time.
After all, what matters is not the first, but the last chapter of our life which shows how well we ran the race.
So smile, laugh, forgive, believe and love all over again.

domingo, 24 de outubro de 2010

The Man In The Arena

"It's not the critic who counts, not the man who points out how the strong man stumbles or where the doer of deeds could have done them better. The credit belongs to the man who is actually in the arena, whose face is marred by dust and sweat and blood, who strives valiantly, who errs, who comes short again and again. Because there is no effort without error and shortcoming, but who does actually strive to do the deeds, who knows great enthusiasms, the great devotions, who spends himself in a worthy cause, who at the best knows in the end the triumph of high achievement, and who at the worst, if he fails, at least fails while daring greatly, so that his place shall never be with those cold and timid souls who neither know victory nor defeat."

Theodore Roosevelt speech at the Sorbonne Paris, 
France April 23, 1910.


domingo, 17 de outubro de 2010

Just do it

Tell her you think shes cool. Smell her hair. Talk to her in movie theatres. Pick her up and pretend you're going to throw her in the river, she'll scream and fight you but secretly, she'll love it. Hold her hand and skip. Hold her hand and run. Just hold her hand. Pick flowers from other peoples gardens and give them to her. Tell her she looks pretty. Let her pay for stuff if she wants to. Introduce her to your friends as the coolest girl I know. Sit in the park and talk to her. Take her to the library, and playgrounds, and train stations. Tell her stupid jokes. Write poems about her. Just walk around with her. Throw pebbles at her window at night. When she starts swearing at you, tell her you love her. Let her fall asleep in your arms. Call her. Sing to her, no matter how bad you are. Carve your names into a tree. Get her mad, then kiss her. Give her piggy-back rides. Give her space if she needs it. Push her on swings. Stay up with her all night when shes sick. Make up pet names for her. Teach her guitar. Make her mixtapes. Write her letters. Take her to cool shops, and let her take you to even cooler ones. Buy her ice cream. Let her take all the photos of you she wants. Look into her eyes. Slow dance with her, even if the music is fast. Kiss her in the rain. And when you fall in love with her, tell her!



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Crisis in Albert Einstein's words


“Let’s not pretend that things will change if we keep doing the same things. A crisis can be a real blessing to any person, to any nation. For all crises bring progress.
Creativity is born from anguish, just like the day is born form the dark night. It’s in crisis that inventiveness is born, as well as discoveries made and big strategies. He who overcomes crisis, overcomes himself, without getting overcome. He who blames his failure to a crisis neglects his own talent and is more interested in problems than in solutions. Incompetence is the true crisis. The greatest inconvenience of people and nations is the laziness with which they attempt to find the solutions to their problems.
There’s no challenge without a crisis. Without challenges, life becomes a routine, a slow agony.
There’s no merit without crisis. It’s in the crisis where we can show the very best in us. Without a crisis, any wind becomes a tender touch. To speak about a crisis is to promote it. Not to speak about it is to exalt conformism. Let us work hard instead. Let us stop, once and for all, the menacing crisis that represents the tragedy of not being willing to overcome it.”
by Albert Einstein

domingo, 10 de outubro de 2010

Amor, O Terrível

"Tenho um coração nas mãos e não sei o que fazer com ele. Neste preciso momento, ambas as hipóteses são a considerar: fechá-lo de castigo num quarto escuro ou, antes pelo contrário, atirá-lo ao ar em malabarismos de alto risco e ficar a ver onde vai calhar.
Como é que aqui chegámos? Da mesma forma, mais ou menos, que das outras todas. Um dia apaixonamo-nos, no outro dia a vida quer lá saber disso, e depois aqui estamos, mais uma vez, neste fim. Como uma rua cortada ao trânsito, inesperadamente, um caminho pelo qual corríamos tão velozes, de janelas abertas, gargalhadas como buzinas. Pois, mas hoje não se passa, é domingo no Terreiro do Paço e se quer atravessar para o Campo das Cebolas, o melhor é ir dar a volta ao bilhar grande. Andemos a pé, portanto, e é fim de tarde e encostamo-nos à maldita rede que só nos deixa ver e ainda não chegar a esse ancoradouro belo e fatal chamado Cais das Colunas. Tenho uma fotografia, que um dia me ofereceram, na qual um bando de indianos se queda a fitar o mar Tejo, também num fim de tarde, naquele mesmo lugar. Talvez dali consigam avistar a Índia em Almada, tal como eu consigo, mesmo através da maldita rede, olhar dali para o futuro. Naquela varanda de pedra clara que se alarga generosa, mergulha docemente os seus degraus duros na água e anuncia solenemente, entre duas colunas que nascem líquidas e gloriosas, que estamos à beira da possibilidade. Dali poderemos partir para todo o lado, uma cidade atrás e o mundo em frente. Não fosse a maldita rede.
Na boca, um sabor amargo que não é dos cigarros nem do café. Será de sonhos desfeitos, em calda desiludida, que mastigamos e mastigamos como se aquela pastilha elástica fosse papel amachucado. O papel dos rebuçados que ainda há pouco nos enchiam a boca, gulosos e quase enjoativos, quando a cidade inteira parecia feita de casas de florestas mágicas, construídas em bolo e massapão, para abocanharmos porque éramos Hansel e Gretel esfomeados. 
Sabe-se lá como as coisas começam e qual a razão para acontecimentos deste calibre. Nada faria prever tamanho alvoroço e tão grande calamidade. Foi incauto o olhar que, distraído, se suspendeu. Dois dedos de conversa mais umas quantas gargalhadas e podia não ter passado daí. Mas passou, tropeçou, resvalou. E assim, caímos naqueles braços que se abriram para nos agarrar. Nos nossos olhos explodia fogo de artifício, a nossa pele parecia uma peça inteira de veludo importado, o coração dava saltos num trampolim. Enfim, o costume. E como de costume, parecia tudo inédito. Como se tivéssemos acabado de abrir a arca do Pessoa pela primeira vez e mergulhássemos incrédulos em tantos papéis, tantas personagens, tantas paisagens, rimas, revelações, fulgurância. Poderíamos passar o resto da vida a ordená-la. Organizá-la, investigá-la, editá-la. E sobretudo comover-nos. Não, nada era como de costume.
Até tivemos cuidado com as palavras. Até ao dia em que deixámos de ter. E a palavra mais perigosa de todas é aquela que pode atear um incêndio. Arrasar a casa em que vivíamos, reduzir a cinzas todas as vezes que no passado a proferimos, crepitar incansável até sermos nós próprios labaredas – capazes de queimarmos tudo e todos os que nos rodeiam. Amor, palavra tão pequenina como uma acendalha, tão perigosa como uma floresta, em pleno Agosto, num dia de vendaval. 
É nesta altura da história, em que a vida sorri como se fosse parva, que a outra, a vidinha, se vira para nós e ri alarvemente: Ah Ah Ah!!! Querias! Batatas com enguias! Sempre as putas das enguias, esguias, escorregadias, e lá vem todo um cardume que nos aterra no prato, com estrondo, a contorcer-se. Batatas com compromissos, dívidas, dúvidas, batatas afinal cruas ou a esfarelarem-se, não há maneira dos nossos tempos acertarem com os tempos da receita. Bah! Os deuses do Olimpo só gostam de néctar e ambrósia, odeiam batatas e enguias. Abrem um alçapão na nuvem e deitam tudo fora, as batatas e as enguias, a água do banho e o bébé também, já agora.
O coração rebola, aos tombos. Bate em todas as esquinas, amachuca-se, está todo amolgado, coitadito. Um lixo lixado. Dizem que é reciclável. Em qual dos ecopontos devo enfiá-lo? No do papel, no do plástico, no das garrafas? Escrevo-o, embalo-o, bebo-o? Não, talvez guardá-lo, para mais tarde recordar. Posso levá-lo ao Hospital das Bonecas, a ver se o consertam. Pois assim como está, não está em estado de se apresentar a ninguém. Talvez exista uma sessão dos Corações Anónimos, em que possa conhecer outros que, como ele, se entregaram ao vício desregrado. Olho para ele e ele olha-me, como uma criança mimada a quem tivessem roubado o chupa–chupa, mais o pai e a mãe. É para aprenderes que sou eu que mando. Não vais brincar. Agora ficas de castigo, a olhar para o dia de amanhã. E repetes, até acreditares nisso, o que dizia a Scarlett O’Hara, com Tara a arder e o juízo um pouco chamuscado: “After all, tomorrow is another day!”"
by Catarina Portas
Amanhecer@Lisboa'2010 by João Carvalho